O primeiro contato de Ana Mähler com a Arquitetura foi aos sete anos, acompanhando a construção de sua casa no interior do RS. Descoberta sua vocação, já começa a “projetar” residências, sonhos e aspirações. Foi na UniRitter que encontrou sua casa, que transformou seu universo por meio da Escola Modernista. Formada em 2007, abriu seu escritório e focou em Arquitetura de Interiores, Residencial, Comercial e Náutica. Interessada em se aprofundar em Arquitetura de Interiores, em 2009 concluiu a Pós-Graduação na mesma escola.
Um grande diferencial são os projetos voltados para barcos e estaleiros, demonstrando um lado versátil, que lhe permitem ver um barco como a extensão de um lar. Estes trabalhos têm bastante repercussão pelo aprimoramento que as modificações sugeridas trouxeram em termos de funcionalidade.
Modernista no conceito, mas não no estilo – suas propostas se adecuam com precisão ao gosto e história de cada cliente. Pelo seu olhar, busca traduzir em realidade o desejo de seus clientes, levando em consideração sentimentos e sensações, para criar ambientes que farão parte de suas vidas e que propiciem o bem estar. A arquiteta acredita que uma casa é uma ótima forma de contar histórias e instiga seus clientes para projetar e criar composições personalizados e na frente das tendências do ramo.
Paralelamente à descoberta de sua profissão, entrou em contato com a pintura. No atelier de Vera Wildner se encontrou como artista neoconcretista, e iniciou um trabalho com repertório plástico que reflete sobre a geometria, cores, estruturas e ao espaço da tela, do qual tenta sair, explorando o entorno. Nas palavras de Ana Zavadil, é evidente a herança de sua escolha na firmeza das linhas retas, das cores que não se deixam corromper, em que tudo é milimetricamente projetado, traçado e colorido. O espaço constrói outros espaços através da linha que impõe limites à cor criando dégradé ou combinações cromáticas. A cor muda de acordo com a luz revestindo-se de nuances dependendo do modo como se olha o trabalho. A tridimensionalidade dos espaços é alcançada por meio das cores e das sombras na relação entre os planos, quando elas adquirem espessura e/ou densidade. Os cinzas rompidos por nuances de cinzas, ou por uma cor forte ou mesmo pelo colorido da escada, elemento recorrente, criam modulações como se fossem uma costura unindo o imaginário e o simbólico.
O ano de 2014 foi um marco na sua jovem carreira, com a realização de dez exposições. Sua primeira exposição individual contou com uma série de quinze trabalhos inspirados no prédio da Fundação Iberê Camargo, situado em Porto Alegre. A obra intitulada Escada 15 ganhou o Prêmio Aquisição em edital realizado pela Prefeitura e integra permanentemente o acervo da Câmara Municipal da capital gaúcha. Possui também uma obra no acervo do MARGS, e já realizou exposições no Rio de Janeiro, Florianópolis e Montevidéu.
Ana Mähler oscila entre os dois mundos convergentes com precisão e sensibilidade.
Ana Mähler first got in touch with architecture at the age of seven, when her family’s house, located in the countryside of her home state, Rio Grande do Sul, was under construction. Having discovered her vocation, she immediately started to design residences, dreams and ideas. The University UniRitter became a home to Ana, who quickly saw her world transformed by Modernism. Graduated in 2007, Ana opened her architecture firm focusing in Interior Design, Homes, Businesses and Naval Architecture. With a growing desire to dig deeper in Interior Design, she finished a Post Degree on the subject in 2009, also at UniRitter.
A highlight on Ana’s portfolio are her naval projects - boats and shipyards show versatility and offers the perspective that boats are the extension of a home. Projects of the like have greater repercussion thanks to the refinement brought by the suggested modifications in regards to functionality.
Modernist at the concept, but not in style – Ana’s proposals fit with precision each client’s unique taste and history. Her aim is to turn into reality her clients’ wishes, always taking into account feelings and sensations in order to create environments that will be a part of their lives and which provide welfare. The architect believes that a house is a great storyteller and instigates her clients to create personalized, avant-garde compositions.
Along with discovering her profession, Ana got in touch with painting as well. At the atelier of Vera Wildner she found herself in Neoconcretism and began to build an artistic portfolio that explores geometry, colors, structures and the limits of the canvas, which she tries to cross, exploring the borders. In the words of Ana Zavadil, the heritage of Ana Mahler’s choice is clear when you see the firmness of straight lines, of the colors who don’t give room to be corrupted, in everything that is milimetrically designed, traced and colored. The space builds other spaces through the line that imposes limits to the color, creating a gradient or chromatic combinations. The color changes depending on the light, covering itself of nuances depending of the way the work is seen. The tridimensional characteristic of the space is achieved through colors and shadows and the relation between the planes, when the colors gain thickness and/or density. The tones of grey torn by nuances of different tones of the same color or by a strong color, or even by colorful staircases, a recurring element in Ana’s work, create modulations as if these were stitches joining the imaginary and the symbolic.
The year of 2014 was a milestone in her developing career: Ana participated in ten exhibitions. Her first individual exhibition consisted on a series of fifteen pieces inspired in the building of Fundação Iberê Camargo, located in Porto Alegre. The work Escada 15 won an award (Prêmio Aquisição) promoted by the City Hall and became a permanent work displayed at the art collection of the county council of Porto Alegre.
Ana Mähler moves between the two converging worlds with precision and sensitivity.
